quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Não fomos criados para perdoar a traição. Não faz parte da educação e nem da cultura brasileira. Apesar disso, conheço muita gente que já perdoou uma traição e hoje continua bem, junto de quem ama e muito feliz. Inadmissível? Fraqueza de quem perdoa? Quem somos nós para julgar o que uma pessoa decide para a vida dela? Quem somos nós para saber o que está em jogo? A verdade não tem dono e ninguém conhece melhor uma dor do que a própria pessoa que sente.

O amor pode ser perfeito para os anjos, mas nós somos humanos e o nosso amor também erra. Até mesmo o amor de pais para filhos, considerado o mais puro que existe, pode ser egoísta e possessivo.

Quando penso nisso, alguma coisa dentro de mim diz que uma traição é algo imperdoável. Seja ela qual for. Porque fere a minha confiança e depois disso vai ser difícil reconstruir. No entanto, se eu revirar meu passado, lembrarei de tantas vezes que perdoei quando confiei em alguém e me senti traída por algum motivo. Pediram desculpas e eu disse sim. A única diferença é que não eram meus namorados. Não eram MEUS.

E se meu namorado me traísse? Não, eu não perdoaria. Não conseguiria. Mas ao invés de considerar as pessoas que perdoam como tontos e idiotas, considero como pessoas melhores do que eu. Porque depositaram mais um voto de confiança no amor, apesar das fraquezas humanas.


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